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[quinta-feira, janeiro 6]

Letra de "Código de acesso"
Artista: Zélia Duncan
Álbum: "Acesso"

CÓDIGO DE ACESSO

Eu não tenho preço,
Bem mal te conheço
Não estou à venda, menina.
Não quero seu cash,
Ticket, endereço,
Poupe sua renda e propina.
O seu remelexo,
Seu corpo, seu berço,
A sua mansão com piscina.
Dispenso o almoço,
O incenso, o pescoço,
Carrões, porcelanas da China.

O meu código de acesso é imenso,
É nexo, é dor, é flor.
É côncavo, é complexo,
É denso, é afago, é amplexo.
É o ninho do verso de amor.

Não suba que eu desço,
Nem reze esse terço,
Melhor ver se eu tô lá na esquina.
Não click esse flash,
Recolha seu lenço,
Abaixe sua adrenalina.
Não quero começo,
Seu cheque agradeço,
Seu avião com tudo em cima.
Seu flat, seu beijo,
Tesão do seu desejo,
Seu pé de laranja lima.

É meu código de acesso, é intenso,
Reflexo, é som, é cor.
É múltiplo, é convexo,
É manso, é sutil, sonho, é sexo.
É uma linda canção de amor.

(Zélia Duncan)
(composta por: Itamar Assumpção)




"Não suba que eu desço,
Nem reze esse terço,
Melhor ver se eu tô lá na esquina"


A minha cara essa música, ainda mais rebeldezinha e saltitante como ando. Posso não estar à venda, só tem um jeito de me "ter": me "ganhando". Mas aí leva o pacote inteiro. Pra alguns isso é ruim. Muito ruim. Mas há quem queira...
Na boa, essa música me lembra tanta gente tosca que vive ao meu redor, que daria mais que a b... o braço por um trocado, por um cargo, por fama. É tão comum e tão óbvio eu estar escrevendo isso. Me lembra também a novela Senhora do Destino, com todo aquele assunto de preconceito a moradores da Baixada Fluminense, como se a pessoa valesse o nome que tem, o lugar de onde veio. Tudo bem que tenho muito vizinho que sonha em ter 300 reais pra dar num tênis, a exemplo de um que estava comigo na praia, na virada. Pessoas que se sentem bem em torrar todo seu salário num shopping comprando uma "felicidade" de marca. Gente de cabeça fraca, que não sabe dar valor nem a si nem a ninguém, precisa dum algo mais, mais material, que possa tocar, já que não alcança com a alma, com o coração. Uma merda de gente que quando digo que quero distância, me reprovam com olhares, fofoquinhas. Me chamam de besta, de esquisita, não sabem eles a simplicidade com que vejo as coisas, ou com a qual tento ver.
Como na novela, sou moradora da Baixada, sim. Num buraco esquecido dela. Mas infelizmente não sou cozinheira porque esse maravilhoso dom eu não tenho. Pela visão elitista, não presto. Sou menos que muita gente, sou menos que tanta coisa, mas sou toda eu. Dos pés, bem ou mal calçados, à cabeça. Feita.
Por isso, na boa, não me ofereça nada além de sentimentos, gestos, olhares, ensinamentos, situações. Eu amo o simples. E espero não mudar muito.

"Não estou à venda, menina"

traduzido por Charlene Farias às 7:36 PM  
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