Letra de "Eu sou neguinha"
Artista: Vanessa da Mata
EU SOU NEGUINHA
Eu tava encostada, ali minha guitarra
Num quadrado branco, vídeo papelão,
Eu era um enigma, uma interrogação,
Olha que coisa mas, que coisa à toa, boa, boa, boa, boa, boa...
Eu tava com graça...
Tava por acaso ali, não era nada,
Bunda de mulata, muque de peão.
Tava em Madureira, tava na Bahia,
No Beaubourg, no Bronx, no Brás
E eu, e eu, e eu, e eu, e eu
A me perguntar: eu sou neguinha?
Era uma mensagem, lia uma mensagem,
Parece bobagem, mas não era não,
Eu não decifrava, eu não conseguia,
Mas aquilo ia e eu ia, e eu ia, e eu ia, e eu ia...
Eu me perguntava...
Era um gesto hippie, um desenho estranho,
Homens trabalhando, "pare" e contra-mão.
E era uma alegria, era uma esperança,
E era dança e dança, ou não, ou não, ou não, ou não, ou não...
Tava perguntado: eu sou neguinha?
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha!
Eu tava rezando ali, completamente um crente,
Uma lente, era uma visão,
Totalmente terceiro sexo, totalmente terceiro mundo,
Terceiro milênio, carne nua, nua, nua, nua, nua
Era tão gozado...
Era um trio elétrico, era fantasia,
Escola de samba na televisão,
Luz no fim do túnel, beco sem saída,
E eu era a saída, melodia, meio-dia, dia, dia, dia...
Era o que eu dizia: eu sou neguinha!
Mas, via outras coisas,
Via o moço forte e a mulher macia dentro da escuridão,
Via o que é visível, via o que não via,
E o que a poesia e a profecia não vêem mas vêem, vêem, vêem, vêem, vêem...
É o que parecia...
Que as coisas conversam coisas supreendentes,
Fatalmente erram, acham solução,
E que o mesmo signo que eu tento ler e ser
É apenas um possível ou impossível
Em mim, em mil, em mil, em mil...
E a pergunta vinha: eu sou neguinha?
Eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha! eu sou neguinha!
(Vanessa da Mata)
(composta por: Caetano Veloso)
Uma profecia essa música. Tudo a ver. Não me pergunte por que.
Completamente meus sentimentos. Metáfora perfeita.
"Era uma mensagem, lia uma mensagem,
Parece bobagem, mas não era não,
(...)
Homens trabalhando, "pare" e contra-mão.
E era uma alegria, era uma esperança,
E era dança e dança, ou não, ou não, ou não, ou não, ou não...
(...)
Era um trio elétrico, era fantasia,
Escola de samba na televisão,
Luz no fim do túnel, beco sem saída"
E a pergunta vinha...
Artista: Vanessa da Mata
EU SOU NEGUINHA
Eu tava encostada, ali minha guitarra
Num quadrado branco, vídeo papelão,
Eu era um enigma, uma interrogação,
Olha que coisa mas, que coisa à toa, boa, boa, boa, boa, boa...
Eu tava com graça...
Tava por acaso ali, não era nada,
Bunda de mulata, muque de peão.
Tava em Madureira, tava na Bahia,
No Beaubourg, no Bronx, no Brás
E eu, e eu, e eu, e eu, e eu
A me perguntar: eu sou neguinha?
Era uma mensagem, lia uma mensagem,
Parece bobagem, mas não era não,
Eu não decifrava, eu não conseguia,
Mas aquilo ia e eu ia, e eu ia, e eu ia, e eu ia...
Eu me perguntava...
Era um gesto hippie, um desenho estranho,
Homens trabalhando, "pare" e contra-mão.
E era uma alegria, era uma esperança,
E era dança e dança, ou não, ou não, ou não, ou não, ou não...
Tava perguntado: eu sou neguinha?
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha!
Eu tava rezando ali, completamente um crente,
Uma lente, era uma visão,
Totalmente terceiro sexo, totalmente terceiro mundo,
Terceiro milênio, carne nua, nua, nua, nua, nua
Era tão gozado...
Era um trio elétrico, era fantasia,
Escola de samba na televisão,
Luz no fim do túnel, beco sem saída,
E eu era a saída, melodia, meio-dia, dia, dia, dia...
Era o que eu dizia: eu sou neguinha!
Mas, via outras coisas,
Via o moço forte e a mulher macia dentro da escuridão,
Via o que é visível, via o que não via,
E o que a poesia e a profecia não vêem mas vêem, vêem, vêem, vêem, vêem...
É o que parecia...
Que as coisas conversam coisas supreendentes,
Fatalmente erram, acham solução,
E que o mesmo signo que eu tento ler e ser
É apenas um possível ou impossível
Em mim, em mil, em mil, em mil...
E a pergunta vinha: eu sou neguinha?
Eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha? eu sou neguinha!
Eu sou neguinha! eu sou neguinha!
(Vanessa da Mata)
(composta por: Caetano Veloso)
Uma profecia essa música. Tudo a ver. Não me pergunte por que.
Completamente meus sentimentos. Metáfora perfeita.
Parece bobagem, mas não era não,
(...)
Homens trabalhando, "pare" e contra-mão.
E era uma alegria, era uma esperança,
E era dança e dança, ou não, ou não, ou não, ou não, ou não...
(...)
Era um trio elétrico, era fantasia,
Escola de samba na televisão,
Luz no fim do túnel, beco sem saída"
E a pergunta vinha...
traduzido por Charlene Farias às 3:33 AM
comente aqui: