Letra de "A dança"
Banda: Legião Urbana
A DANÇA
Não sei o que é direito,
Só vejo preconceito
E a sua roupa nova
É só uma roupa nova.
Você não tem idéias
Pra acompanhar a moda,
Tratando as meninas
Como se fossem lixo.
Ou então espécie rara:
Só a você pertence.
Ou então espécie rara
Que você não respeita.
Ou então espécie rara
Que é isso um objeto,
Pra usar e jogar fora
Depois de ter prazer.
Você é tão moderno,
Se acha tão moderno,
Mas é igual a seus pais,
É só questão de idade.
Passando dessa fase,
Tanto fez e tanto faz.
Você com as suas drogas
E as suas teorias,
E a sua rebeldia,
E a sua solidão.
Vive com seus excessos,
Mas não tem mais dinheiro
Pra comprar outra fuga,
Sair de casa então.
Então é outra festa,
É outra sexta-feira,
Que se dane o futuro,
Você tem a vida inteira.
Você é tão esperto,
Você está tão certo,
Mas você nunca dançou
Com ódio de verdade.
Você é tão esperto,
Você está tão certo,
Que você nunca vai errar,
Mas a vida deixa marcas.
Tenha cuidado
Se um dia você dançar!
Nós somos tão modernos,
Só não somos sinceros,
Nos escondemos mais e mais.
É só questão de idade,
Passando dessa fase,
Tanto fez e tanto faz.
Você é tão esperto
Você está tão certo,
Que você nunca vai errar,
Mas a vida deixa marcas,
Tenha cuidado
Se um dia você dançar!
(Legião Urbana)
(composta por: Renato Russo)
Essa é pro fato escroto do dia.
Cheguei cedíssimo na faculdade pra fazer a prova e uns alunos entraram na sala pra dizer que umas tais notas já haviam saído. Foi um alvoroço.
Minutos depois entra gente chorando na sala, um aluno um tanto palhaço pega a carteira e joga em cima de outras (achei tão ridículo isso)! E nada do professor que ia aplicar a prova chegar. O pessoal já descontrolado, atordoado pelas notas da outra matéria e nada do professor!
Uns 50 minutos atrasada, chega a monitora. Eu fiquei até com pena da sujeita, todos os alunos amontoaram em cima da pobre pra pedir repetição de nota, pra fazer outro dia, dissemos que tínhamos uma outra prova em menos de 1h. Ela ligou pro professor, ele autorizou a passar apenas 2 das 4 questões.
E quem disse que eu conseguia escrever? Depois de toda aquela tensão, toda a expectativa por conta das notas dos colegas e pelo atraso da prova. Eu não conseguia raciocinar, e a prova era em dupla.
E pra me exterminar de vez: a monitora passa dando visto nas folhas de rascunho de cada dupla, pra não haver cola como houve uma vez. E eu, inocentemente, estava com 2 folhas de papel almaço na mão, mas esqueci que em uma delas eu fiz um resumão de Penal porque eu tava com medo de precisar colar. Ela foi dar visto, pegou as duas folhas e falou "O que é isso aqui? Guarda isso... aliás, me dá aqui!" e eu tão surpresa quanto ela! Hahahaha. Pensei "Fodeu! Vai contar pro professor que eu tava com cola!". Mas depois conversei com ela e ela afirmou que eu não ia colar daquilo, pois era outra matéria.
Mas tirando essa merda de prova, teve a conclusão do assunto das notas. Eu não estava naquele bolo de gente desesperada porque escolhi fazer a matéria com o professor da noite, que é super gente boa, compreensivo, humano. Já o professor da manhã, com quem se inscreveram 90% dos meus colegas... ele não tem critério. Ele gosta de jogar aquelas questões que ele sabe que as pessoas errarão. Isso é malícia. Pra mim, isso é má-fé. Ele SABE que as pessoas vão errar aquilo e coloca exatamente pra ver quem não vai dançar na brincadeira dele.
Muitos colegas meus dançaram, outros vão ficar dançando sem música até a temida prova final. O que penso desse professor? Ele realmente sabe bastante coisa, mas a sabedoria dele não me espanta em nada. Não tenho nenhuma admiração por uma figura que nasceu dentro do Direito. Foi transmitido de pai pra filho (literalmente).
Ele precisou lutar pra ser o que é? Claro que certamente ele não seria o que é se tivesse ficado parado esperando elevarem o nome dele, mas muito do nome dele se deve ao berço. É uma sucessão.
Um cara super elitista, que chega na sala e diz que é utopia, infantilidade achar que o Direito serve à Justiça. O Direito, pra ele, serve pra defender interesses. E, infelizmente, ele não está errado, porque tipinhos como ele dominam o conhecimento jurídico, ou melhor, tentam monopolizar. Ele quer alunos que pensem como ele, ele quer moldar mais criaturas elitistas, pouco preocupados se estão defendendo um humilde inocente ou um cara que todo mundo sabe que não presta, mas não o consegue provar concretamente.
A faculdade de Direito tá repleta desses tipos, tem dias que me dá uma tristeza isso; mas choro de alegria quando lembro que existem pessoas como o professor da noite, embora em muito menor quantidade.
O da manhã, além de tudo, tem se mostrado preconceituoso. Pois olha pra cara do aluno e já diz que será reprovado ou irá pra prova final. Manda um email dizendo que zerou provas por conter erros grotescos de português. Fala ignorantamente às vezes, faz ironias, é sarcástico.
Na boa, eu tentei assistir aulas com ele de manhã, pois realmente as explicações e a maneira como ele nos faz pensar é interessantíssima. Mas não conseguia deixar de detestar dar atenção a um cara assim. Acho que não assisti nem 5 das mais de 20 aulas que ele deu.
Eu fiquei lá na sala onde tavam as provas junto com meus colegas um tempão. Muito desagradável ver o povo todo triste. Vi alguns inconsoláveis. Mas eu não podia fazer nada e quando nervosa, eu fico rindo, pra piorar.
Eu não sirvo pra momentos como esses, eu fico nervosa, tento ajudar e acabo falando besteira. Mas abstrai.
Na boa, tem hora que não sei o que é direito, só vejo preconceito. A primeira questão da prova, falava sobre vestidos. "Mas é igual aos seus pais... você é tão moderno, se acha tão moderno, e você nunca vai errar... mas a vida deixa marcas, tenha cuidado, se um dia você dançar!". Ah, mas merecia dançar muuuuuuuuuuito.
Banda: Legião Urbana
A DANÇA
Não sei o que é direito,
Só vejo preconceito
E a sua roupa nova
É só uma roupa nova.
Você não tem idéias
Pra acompanhar a moda,
Tratando as meninas
Como se fossem lixo.
Ou então espécie rara:
Só a você pertence.
Ou então espécie rara
Que você não respeita.
Ou então espécie rara
Que é isso um objeto,
Pra usar e jogar fora
Depois de ter prazer.
Você é tão moderno,
Se acha tão moderno,
Mas é igual a seus pais,
É só questão de idade.
Passando dessa fase,
Tanto fez e tanto faz.
Você com as suas drogas
E as suas teorias,
E a sua rebeldia,
E a sua solidão.
Vive com seus excessos,
Mas não tem mais dinheiro
Pra comprar outra fuga,
Sair de casa então.
Então é outra festa,
É outra sexta-feira,
Que se dane o futuro,
Você tem a vida inteira.
Você é tão esperto,
Você está tão certo,
Mas você nunca dançou
Com ódio de verdade.
Você é tão esperto,
Você está tão certo,
Que você nunca vai errar,
Mas a vida deixa marcas.
Tenha cuidado
Se um dia você dançar!
Nós somos tão modernos,
Só não somos sinceros,
Nos escondemos mais e mais.
É só questão de idade,
Passando dessa fase,
Tanto fez e tanto faz.
Você é tão esperto
Você está tão certo,
Que você nunca vai errar,
Mas a vida deixa marcas,
Tenha cuidado
Se um dia você dançar!
(Legião Urbana)
(composta por: Renato Russo)
Essa é pro fato escroto do dia.
Cheguei cedíssimo na faculdade pra fazer a prova e uns alunos entraram na sala pra dizer que umas tais notas já haviam saído. Foi um alvoroço.
Minutos depois entra gente chorando na sala, um aluno um tanto palhaço pega a carteira e joga em cima de outras (achei tão ridículo isso)! E nada do professor que ia aplicar a prova chegar. O pessoal já descontrolado, atordoado pelas notas da outra matéria e nada do professor!
Uns 50 minutos atrasada, chega a monitora. Eu fiquei até com pena da sujeita, todos os alunos amontoaram em cima da pobre pra pedir repetição de nota, pra fazer outro dia, dissemos que tínhamos uma outra prova em menos de 1h. Ela ligou pro professor, ele autorizou a passar apenas 2 das 4 questões.
E quem disse que eu conseguia escrever? Depois de toda aquela tensão, toda a expectativa por conta das notas dos colegas e pelo atraso da prova. Eu não conseguia raciocinar, e a prova era em dupla.
E pra me exterminar de vez: a monitora passa dando visto nas folhas de rascunho de cada dupla, pra não haver cola como houve uma vez. E eu, inocentemente, estava com 2 folhas de papel almaço na mão, mas esqueci que em uma delas eu fiz um resumão de Penal porque eu tava com medo de precisar colar. Ela foi dar visto, pegou as duas folhas e falou "O que é isso aqui? Guarda isso... aliás, me dá aqui!" e eu tão surpresa quanto ela! Hahahaha. Pensei "Fodeu! Vai contar pro professor que eu tava com cola!". Mas depois conversei com ela e ela afirmou que eu não ia colar daquilo, pois era outra matéria.
Mas tirando essa merda de prova, teve a conclusão do assunto das notas. Eu não estava naquele bolo de gente desesperada porque escolhi fazer a matéria com o professor da noite, que é super gente boa, compreensivo, humano. Já o professor da manhã, com quem se inscreveram 90% dos meus colegas... ele não tem critério. Ele gosta de jogar aquelas questões que ele sabe que as pessoas errarão. Isso é malícia. Pra mim, isso é má-fé. Ele SABE que as pessoas vão errar aquilo e coloca exatamente pra ver quem não vai dançar na brincadeira dele.
Muitos colegas meus dançaram, outros vão ficar dançando sem música até a temida prova final. O que penso desse professor? Ele realmente sabe bastante coisa, mas a sabedoria dele não me espanta em nada. Não tenho nenhuma admiração por uma figura que nasceu dentro do Direito. Foi transmitido de pai pra filho (literalmente).
Ele precisou lutar pra ser o que é? Claro que certamente ele não seria o que é se tivesse ficado parado esperando elevarem o nome dele, mas muito do nome dele se deve ao berço. É uma sucessão.
Um cara super elitista, que chega na sala e diz que é utopia, infantilidade achar que o Direito serve à Justiça. O Direito, pra ele, serve pra defender interesses. E, infelizmente, ele não está errado, porque tipinhos como ele dominam o conhecimento jurídico, ou melhor, tentam monopolizar. Ele quer alunos que pensem como ele, ele quer moldar mais criaturas elitistas, pouco preocupados se estão defendendo um humilde inocente ou um cara que todo mundo sabe que não presta, mas não o consegue provar concretamente.
A faculdade de Direito tá repleta desses tipos, tem dias que me dá uma tristeza isso; mas choro de alegria quando lembro que existem pessoas como o professor da noite, embora em muito menor quantidade.
O da manhã, além de tudo, tem se mostrado preconceituoso. Pois olha pra cara do aluno e já diz que será reprovado ou irá pra prova final. Manda um email dizendo que zerou provas por conter erros grotescos de português. Fala ignorantamente às vezes, faz ironias, é sarcástico.
Na boa, eu tentei assistir aulas com ele de manhã, pois realmente as explicações e a maneira como ele nos faz pensar é interessantíssima. Mas não conseguia deixar de detestar dar atenção a um cara assim. Acho que não assisti nem 5 das mais de 20 aulas que ele deu.
Eu fiquei lá na sala onde tavam as provas junto com meus colegas um tempão. Muito desagradável ver o povo todo triste. Vi alguns inconsoláveis. Mas eu não podia fazer nada e quando nervosa, eu fico rindo, pra piorar.
Eu não sirvo pra momentos como esses, eu fico nervosa, tento ajudar e acabo falando besteira. Mas abstrai.
Na boa, tem hora que não sei o que é direito, só vejo preconceito. A primeira questão da prova, falava sobre vestidos. "Mas é igual aos seus pais... você é tão moderno, se acha tão moderno, e você nunca vai errar... mas a vida deixa marcas, tenha cuidado, se um dia você dançar!". Ah, mas merecia dançar muuuuuuuuuuito.
traduzido por Charlene Farias às 10:58 PM
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