Letra de "Disfarça e chora"
Artista: Zélia Duncan
DISFARÇA E CHORA
Chora, disfarça e chora,
Aproveita a voz do lamento,
Que já vem a aurora.
A pessoa que tanto querias,
Antes mesmo de raiar o dia,
Deixou o ensaio por outra.
Oh, triste senhora, disfarça e chora.
Todo pranto tem hora
E eu vejo o teu pranto cair
No momento mais certo.
Olhar, gostar só de longe
Não faz ninguém chegar perto,
E teu pranto, oh, triste senhora,
Vai molhar o deserto.
(Zélia Duncan)
(composta por: Cartola / Dalmo Castello)
Tem um tempão que não consigo chorar. Vontade não falta, aperto não sobra. Mas as lágrimas sequer brotavam.
Só que desde que desliguei o telefone ontem, a coisa piorou aqui dentro. Não gosto de tocar no assunto, na insistente dúvida de se haverá ou não encontro. Me derruba, e tá me derrubando mais cada vez que há menos tempo e nada de solução.
Essa semana foi terrível. O ânimo que eu tive durante esses 5 meses foi embora, a esperança tá agonizando. E como canta o Nando Reis num dos poucos versos dele que eu não gostava "Amor, eu sinto a sua falta e a falta é a morte da esperança".
Música pra preencher tudo. Música pra esperançar, música pra amenizar a dor, música pra perpetuar os clichês, música pra me identificar e enxergar algum caminho, música pra chorar quieta no meu canto, onde tenho permanecido.
Hoje essa música é pra esse choro que tenho calado e disfarçado ao telefone. Mas a pessoa que eu tanto queria, "está" comigo - ao menos isso. Todo o pranto tem hora e o meu cai nesse momento, porque, sinceramente, tô no limite.
"Olhar, gostar só de longe não faz ninguém chegar perto". Como pouco sei falar de mim mesma sem utilizar músicas, aqui está mais um vampirismo musical: não tem verso mais claro, mais direto, mais bem resumido sobre o que ando sentindo.
Mas eu tenho que estudar. Preciso calar essa bobeira toda e me concentrar nos estudos. É o que importa. E chegou o violão aqui, meu irmão trouxe, finalmente. Ao menos é um companheiro pra música que ficou sozinha aqui dentro assim que a esperança foi embora.
Artista: Zélia Duncan
DISFARÇA E CHORA
Chora, disfarça e chora,
Aproveita a voz do lamento,
Que já vem a aurora.
A pessoa que tanto querias,
Antes mesmo de raiar o dia,
Deixou o ensaio por outra.
Oh, triste senhora, disfarça e chora.
Todo pranto tem hora
E eu vejo o teu pranto cair
No momento mais certo.
Olhar, gostar só de longe
Não faz ninguém chegar perto,
E teu pranto, oh, triste senhora,
Vai molhar o deserto.
(Zélia Duncan)
(composta por: Cartola / Dalmo Castello)
Tem um tempão que não consigo chorar. Vontade não falta, aperto não sobra. Mas as lágrimas sequer brotavam.
Só que desde que desliguei o telefone ontem, a coisa piorou aqui dentro. Não gosto de tocar no assunto, na insistente dúvida de se haverá ou não encontro. Me derruba, e tá me derrubando mais cada vez que há menos tempo e nada de solução.
Essa semana foi terrível. O ânimo que eu tive durante esses 5 meses foi embora, a esperança tá agonizando. E como canta o Nando Reis num dos poucos versos dele que eu não gostava "Amor, eu sinto a sua falta e a falta é a morte da esperança".
Música pra preencher tudo. Música pra esperançar, música pra amenizar a dor, música pra perpetuar os clichês, música pra me identificar e enxergar algum caminho, música pra chorar quieta no meu canto, onde tenho permanecido.
Hoje essa música é pra esse choro que tenho calado e disfarçado ao telefone. Mas a pessoa que eu tanto queria, "está" comigo - ao menos isso. Todo o pranto tem hora e o meu cai nesse momento, porque, sinceramente, tô no limite.
"Olhar, gostar só de longe não faz ninguém chegar perto". Como pouco sei falar de mim mesma sem utilizar músicas, aqui está mais um vampirismo musical: não tem verso mais claro, mais direto, mais bem resumido sobre o que ando sentindo.
Mas eu tenho que estudar. Preciso calar essa bobeira toda e me concentrar nos estudos. É o que importa. E chegou o violão aqui, meu irmão trouxe, finalmente. Ao menos é um companheiro pra música que ficou sozinha aqui dentro assim que a esperança foi embora.
traduzido por Charlene Farias às 6:41 PM
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