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[segunda-feira, junho 28]

Letra de "Rodo cotidiano"
Banda: O Rappa
Álbum: "O silêncio que precede o esporro" (2004)

RODO COTIDIANO

UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.

A idéia lá
Comia solta,
Subia a manga
Amarrotada social,
No calor alumínio,
Nem caneta nem papel,
Uma idéia fugia.
Era o rodo cotidiano.
Era o rodo cotidiano.

0 espaço é curto,
Quase um curral.
Na mochila amassada
Uma quentinha abafada.
Meu troco é pouco,
É quase nada.
Meu troco é pouco,
É quase nada.

UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.

Não se anda por onde gosta,
Mas por aqui não tem jeito
Todo mundo se encosta.
Ela some no ralo de gente,
Ela é linda, mas não tem nome.
É comum e é normal

Sou mais um no Brasil da Central,
Da minhoca de metal
Que entorta as ruas.
Da minhoca de metal
Como um Concorde apressado,
Cheio de força.
E voa, voa mais pesado que o ar
E o avião, o avião, o avião
Do trabalhador.

UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.
UÔ Ô Ô Ô Ô... my brother.

(O Rappa)
(composta por: Marcos Lobato / Lauro/ Xandão/ Falcão)




Essa música é mais um exemplo pra mim daquelas que não se curte o som, mas quando se dá atenção à letra a coisa muda de sentido. Já tá tocando há meses e só de ouvir os iniciais "my brotheeeer", eu me irritava e tirava.
Outro dia eu tava na estação de trem às 6h e como nesse momento o dia é mais silencioso e não tinha coisa melhor pra ouvir, acabei prestando atenção na letra. E descobri que tava falando sobre aquilo ali que eu tava esperando: o trem. A minhoca de metal.
O rodo que "arrasta" várias pessoas diariamente. A letra é genial. Fala da merda que é o trem, lotado, cheio de pessoas se espremendo entre as outras. Até a camisa social dos pobres trabalhadores que têm que suportar essa merda de rotina. Ralo de gente. Fala da Central também que ninguém merece nas horas de pico, putz. E não é só no Rio. E também é no metrô, no ônibus, em tudo onde tenha trabalhadores.
"Meu troco é pouco, é quase nada".isso certamente lembra o ridículo ao qual as pessoas eram expostas ao pagar R$1,68. Eu acho O cúmulo 2 centavos de troco, é melhor não receber nada. Eu preferia pagar R$1,70. Mas lembro que quando entregava essa exata quantia, na Central, sempre tinha aquelas trocadoras vacas que, no horário de 18h com aquela merda lotada, prendiam a fila até nos entregar 2 centavos de troco. Eu ficava putíssima porque às vezes perdia o trem por essa babaquice.
E uma coisa que andei notando com essa política de cotas da UERJ: cresce o número de pessoas que vão à universidade de trem. Duvido que há 2 anos atrás eu voltaria com colegas de turma no trem. DUVIDO. Porque sem as cotas, só passa pessoas que moram por perto ou têm condições pra ir de outros meios de transporte. Um cara da Comunicação Social contou pro Rafa que nunca andou de trem e gostaria de saber como é, e não só ele, pois outros ficam perguntando como é.
As cotas são uma merda de injustiça também, de certa forma, mas de outra eu tô amando porque cria uma nova consciência dentro da universidade.
E pra fugir do assunto mais uma vez: eu adoro o nome desse álbum. Embora não goste deles.

traduzido por Charlene Farias às 8:01 PM  
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