Letra de "Até quando"
Artista: Gabriel, o Pensador
ATÉ QUANDO
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta.
Levanta aí, que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer.
Não adianta olhar pro chão,
Virar a cara pra não ver.
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu,
Não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média.
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura!
Até quando você vai ficando mudo?
Muda, que o medo é um modo de fazer censura!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente.
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente.
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante.
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante.
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo,
Você que é inocente, foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia
Matou o estudante,
Falou que era bandido,
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado,
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia só existe pra manter você na lei:
Lei do silêncio, lei do mais fraco.
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A programação existe pra manter você na frente!
Na frente da TV, que é pra te entreter,
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar.
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Muda, que quando a gente muda, o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda, a gente anda pra frente.
E quando a gente manda, ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura!
Na mudança de postura, a gente fica mais seguro,
Na mudança do presente, a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando?
(Gabriel, o Pensador)
Lembro que essa música virou tipo um hino pra mim há quase 2 anos atrás quando houve o concurso de merda de Mesquita, cidade onde moro.
Esse buraco aqui pertencia a Nova Iguaçu, mas foi emancipado principalmente por obra da família Paixão. E claro, que desde a emancipação, a prefeitura virou a casa deles. Todos têm seu empreguinho garantido e fraudar um concurso foi a melhor saída pra não tirar a parentada dos seus cargos. Muitos deles fantasma (só recebem, não trabalham).
Várias pessoas da rua onde moro também tinham seu emprego garantido através de conhecimento. Ninguém concursado. Ninguém com verdadeiro direito aos cargos. Uma bagunça típica de cidadezinha de merda onde rola tudo, dentro ou fora da lei. Afinal, lei pra que?
E eu tinha medo da influência desses "bicos" que se arranjam na prefeitura nessas eleições. Parentes meus me diziam "Eu vou votar no Waltinho (Paixão), ele que arrumou o emprego pra mim". O eu, o mim, o me. Sempre a primeira pessoa. O individual. O foda-se pro restante, pois eu manterei meu emprego. Foda-se se o prefeito é um inútil, se o conjunto político é de antiguíssimos aproveitadores. Um colega meu teve a ousadia de me pedir voto pra um vereador com o argumento "Vota nele, por favor, é a única maneira de eu conseguir fazer a minha faculdade!". Foi muito mal educada e respondi sem ceremônio "Foda-se se é a única maneira, porra! Fico PUTA com essa merda de pensamento egoísta. Esse cara não presta!". Ele me disse "Tô te deletando então, tá?". O candidato dele não conseguiu se eleger.
Aí meu pai foi o primeiro a votar, e quando ele chegou, disse que encontrou alguém na rua e falou pro cara "Ah, deixa esse jovens se iludirem pensando que vão mudar alguma coisa! É a vez deles sonharem. Já fui assim". Minha mãe, que pensava exatamente como ele respondeu: "Eu já não acho isso!" e começou a falar várias coisas. Esqueci de dizer no post anterior, mas eu e meu irmão fizemos minha mãe criar uma consciência diferente e hoje em dia ela não odeia tanto a política.
"Muda, que quando a gente muda, o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda, a gente anda pra frente.
E quando a gente manda, ninguém manda na gente!"
E aqui em Mesquita mudou. Eu estava super triste à tarde, porque diziam por aí que os Paixão ganhariam mais uma vez e, sinceramente, se uma oposição a eles não ganhasse dessa vez, não ganharia nunca mais. E a oposição se levantou. O lado de Mesquita onde os Paixão "dominam", onde tem mais parentes, amigos e interessados na vitória deles, houve a derrota do candidato Artur Messias por 70 votos. Mas já desse lado onde eu moro, onde há centenas de ruas não asfaltadas, um "cocódromo" oficial num lugar que era uma praça (transformaram em área de tratamento de esgoto uma praça de anos), entre outros tipos de indignados, os Paixão perderam por quase 10 mil votos. A oligarguia desabou. E hoje encontrei tanta gente feliz com isso, até no trem uma mulher de Nova Iguaçu ficou falando sobre a eleição daqui, é um dos assunto da Baixada Fluminense.
Mas essa felicidade me gera um medo. O mesmo medo daquela coisa toda de esperança que depositaram e depositam no Lula. No Brasil há muito o problema do messianismo e olha o nome do candidato: Artur MESSIAS. Não dá medo?
Um candidato não vai ser eleito por 4 anos e mudar uma estrutura fodida de anos. Lula não vai desfazer 500 anos de dependência, pode no máximo dar um início a uma mudança positiva. Artur Messias não vai transformar Mesquita numa cidade da Zona Sul do Rio de Janeiro, mas daqui a 2 anos vai ter gente já cobrando algo parecido. Quando se estuda Direito, se vê que tudo está muito bem amarrado juridicamente. É um mecanismo rígido que deve ser quebrado aos poucos, não com uma revolução, um "simples" "Abaixo Alca e FMI!", um PSTU da vida. "Não seja enganado outra vez! Contra burguês, vote 16!". Hilário e trágico. Comunismo, pra mim, não funciona porque o ser humano tende ao individualismo quando está bem. Comum só a miséria, na riqueza ninguém quer dividir porra nenhuma.
Não gosto muito dessa coisa de partido, porque no Brasil partido não tem credibilidade, muito menos seus candidatos. Um pula dum partido pro outro. Quando tá na oposição diz que vai fazer tudo, assume o poder e percebe a merda que dizia e que o jogo é dominado pelos grandes. Só acredito em derrubar os grandes pra melhorar a situação, o que é muito difícil, mas não impossível.
E o meu voto ontem foi pra derrubar aquela família de políticos profissionais, a família daquela que estudou comigo porque ali naquela escola de merda (Rakel Rechuem) ela seria aprovada. Só pra constar, o vice do Waltinho Paixão era o Rexuem. Coincidentemente ou não, foi um voto no PT, partido pelo qual tenho afinidade com a maioria dos seus candidatos, mas anda me decepcionando pra bagos às vezes. Pra vereador, como eu não sabia em quem votar, votei na legenda pro Artur não ficar em desvantagem em termos de apoio.
Mas o que me entristeceu putamente hoje de manhã foi subir a passarela repleta de "papinha" (uma mistura de papel com lama, por causa da chuva). Se eu tivesse uma câmera digital, tirava foto da passarela e da estação de Mesquita, ambas num estado deplorável. E por que será que na hora que fui votar eram cabos eleitorais dos Paixão que tavam ali tomando conta da passagem das pessoas? Por que será!!!?!?!?!?! A estação de Mesquita está com os trilhos e as plataformas azuis, azuis. E essas são as cores dos santinhos de Waltinho Paixão e Framínio Golçalves.
Até quando esse povo de Mesquita levou isso?
"Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta."
E, pra terminar, essa coisa de democracia jamais será absoluta. Democracia é tirania da maioria, já dizia Aristóteles (no caso da demagogia).
Artista: Gabriel, o Pensador
ATÉ QUANDO
Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta.
Levanta aí, que você tem muito protesto pra fazer
E muita greve, você pode, você deve, pode crer.
Não adianta olhar pro chão,
Virar a cara pra não ver.
Se liga aí que te botaram numa cruz e só porque Jesus sofreu,
Não quer dizer que você tenha que sofrer!
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Rindo da própria tragédia?
Até quando você vai ficar usando rédea?!
Pobre, rico ou classe média.
Até quando você vai levar cascudo mudo?
Muda, muda essa postura!
Até quando você vai ficando mudo?
Muda, que o medo é um modo de fazer censura!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Você tenta ser feliz, não vê que é deprimente.
O seu filho sem escola, seu velho tá sem dente.
Cê tenta ser contente e não vê que é revoltante.
Você tá sem emprego e a sua filha tá gestante.
Você se faz de surdo, não vê que é absurdo,
Você que é inocente, foi preso em flagrante!
É tudo flagrante! É tudo flagrante!!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia
Matou o estudante,
Falou que era bandido,
Chamou de traficante!
A justiça
Prendeu o pé-rapado,
Soltou o deputado
E absolveu os PMs de Vigário!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
A polícia só existe pra manter você na lei:
Lei do silêncio, lei do mais fraco.
Ou aceita ser um saco de pancada ou vai pro saco.
A programação existe pra manter você na frente!
Na frente da TV, que é pra te entreter,
Que é pra você não ver que o programado é você!
Acordo, não tenho trabalho, procuro trabalho, quero trabalhar.
O cara me pede o diploma, não tenho diploma, não pude estudar.
E querem que eu seja educado, que eu ande arrumado, que eu saiba falar.
Aquilo que o mundo me pede não é o que o mundo me dá.
Consigo um emprego, começa o emprego, me mato de tanto ralar
Acordo bem cedo, não tenho sossego nem tempo pra raciocinar.
Não peço arrego, mas onde que eu chego se eu fico no mesmo lugar?
Brinquedo que o filho me pede, não tenho dinheiro pra dar!
Escola! Esmola!
Favela, cadeia!
Sem terra, enterra!
Sem renda, se renda! Não! Não!!
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando você vai levando? (Porrada! Porrada!!)
Até quando vai ser saco de pancada?
Muda, que quando a gente muda, o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda, a gente anda pra frente.
E quando a gente manda, ninguém manda na gente!
Na mudança de atitude não há mal que não se mude nem doença sem cura!
Na mudança de postura, a gente fica mais seguro,
Na mudança do presente, a gente molda o futuro!
Até quando você vai ficar levando porrada?
Até quando vai ficar sem fazer nada?
Até quando vai ser saco de pancada?
Até quando você vai levando?
(Gabriel, o Pensador)
Lembro que essa música virou tipo um hino pra mim há quase 2 anos atrás quando houve o concurso de merda de Mesquita, cidade onde moro.
Esse buraco aqui pertencia a Nova Iguaçu, mas foi emancipado principalmente por obra da família Paixão. E claro, que desde a emancipação, a prefeitura virou a casa deles. Todos têm seu empreguinho garantido e fraudar um concurso foi a melhor saída pra não tirar a parentada dos seus cargos. Muitos deles fantasma (só recebem, não trabalham).
Várias pessoas da rua onde moro também tinham seu emprego garantido através de conhecimento. Ninguém concursado. Ninguém com verdadeiro direito aos cargos. Uma bagunça típica de cidadezinha de merda onde rola tudo, dentro ou fora da lei. Afinal, lei pra que?
E eu tinha medo da influência desses "bicos" que se arranjam na prefeitura nessas eleições. Parentes meus me diziam "Eu vou votar no Waltinho (Paixão), ele que arrumou o emprego pra mim". O eu, o mim, o me. Sempre a primeira pessoa. O individual. O foda-se pro restante, pois eu manterei meu emprego. Foda-se se o prefeito é um inútil, se o conjunto político é de antiguíssimos aproveitadores. Um colega meu teve a ousadia de me pedir voto pra um vereador com o argumento "Vota nele, por favor, é a única maneira de eu conseguir fazer a minha faculdade!". Foi muito mal educada e respondi sem ceremônio "Foda-se se é a única maneira, porra! Fico PUTA com essa merda de pensamento egoísta. Esse cara não presta!". Ele me disse "Tô te deletando então, tá?". O candidato dele não conseguiu se eleger.
Aí meu pai foi o primeiro a votar, e quando ele chegou, disse que encontrou alguém na rua e falou pro cara "Ah, deixa esse jovens se iludirem pensando que vão mudar alguma coisa! É a vez deles sonharem. Já fui assim". Minha mãe, que pensava exatamente como ele respondeu: "Eu já não acho isso!" e começou a falar várias coisas. Esqueci de dizer no post anterior, mas eu e meu irmão fizemos minha mãe criar uma consciência diferente e hoje em dia ela não odeia tanto a política.
"Muda, que quando a gente muda, o mundo muda com a gente.
A gente muda o mundo na mudança da mente.
E quando a mente muda, a gente anda pra frente.
E quando a gente manda, ninguém manda na gente!"
E aqui em Mesquita mudou. Eu estava super triste à tarde, porque diziam por aí que os Paixão ganhariam mais uma vez e, sinceramente, se uma oposição a eles não ganhasse dessa vez, não ganharia nunca mais. E a oposição se levantou. O lado de Mesquita onde os Paixão "dominam", onde tem mais parentes, amigos e interessados na vitória deles, houve a derrota do candidato Artur Messias por 70 votos. Mas já desse lado onde eu moro, onde há centenas de ruas não asfaltadas, um "cocódromo" oficial num lugar que era uma praça (transformaram em área de tratamento de esgoto uma praça de anos), entre outros tipos de indignados, os Paixão perderam por quase 10 mil votos. A oligarguia desabou. E hoje encontrei tanta gente feliz com isso, até no trem uma mulher de Nova Iguaçu ficou falando sobre a eleição daqui, é um dos assunto da Baixada Fluminense.
Mas essa felicidade me gera um medo. O mesmo medo daquela coisa toda de esperança que depositaram e depositam no Lula. No Brasil há muito o problema do messianismo e olha o nome do candidato: Artur MESSIAS. Não dá medo?
Um candidato não vai ser eleito por 4 anos e mudar uma estrutura fodida de anos. Lula não vai desfazer 500 anos de dependência, pode no máximo dar um início a uma mudança positiva. Artur Messias não vai transformar Mesquita numa cidade da Zona Sul do Rio de Janeiro, mas daqui a 2 anos vai ter gente já cobrando algo parecido. Quando se estuda Direito, se vê que tudo está muito bem amarrado juridicamente. É um mecanismo rígido que deve ser quebrado aos poucos, não com uma revolução, um "simples" "Abaixo Alca e FMI!", um PSTU da vida. "Não seja enganado outra vez! Contra burguês, vote 16!". Hilário e trágico. Comunismo, pra mim, não funciona porque o ser humano tende ao individualismo quando está bem. Comum só a miséria, na riqueza ninguém quer dividir porra nenhuma.
Não gosto muito dessa coisa de partido, porque no Brasil partido não tem credibilidade, muito menos seus candidatos. Um pula dum partido pro outro. Quando tá na oposição diz que vai fazer tudo, assume o poder e percebe a merda que dizia e que o jogo é dominado pelos grandes. Só acredito em derrubar os grandes pra melhorar a situação, o que é muito difícil, mas não impossível.
E o meu voto ontem foi pra derrubar aquela família de políticos profissionais, a família daquela que estudou comigo porque ali naquela escola de merda (Rakel Rechuem) ela seria aprovada. Só pra constar, o vice do Waltinho Paixão era o Rexuem. Coincidentemente ou não, foi um voto no PT, partido pelo qual tenho afinidade com a maioria dos seus candidatos, mas anda me decepcionando pra bagos às vezes. Pra vereador, como eu não sabia em quem votar, votei na legenda pro Artur não ficar em desvantagem em termos de apoio.
Mas o que me entristeceu putamente hoje de manhã foi subir a passarela repleta de "papinha" (uma mistura de papel com lama, por causa da chuva). Se eu tivesse uma câmera digital, tirava foto da passarela e da estação de Mesquita, ambas num estado deplorável. E por que será que na hora que fui votar eram cabos eleitorais dos Paixão que tavam ali tomando conta da passagem das pessoas? Por que será!!!?!?!?!?! A estação de Mesquita está com os trilhos e as plataformas azuis, azuis. E essas são as cores dos santinhos de Waltinho Paixão e Framínio Golçalves.
Até quando esse povo de Mesquita levou isso?
"Não adianta olhar pro céu
Com muita fé e pouca luta."
E, pra terminar, essa coisa de democracia jamais será absoluta. Democracia é tirania da maioria, já dizia Aristóteles (no caso da demagogia).
traduzido por Charlene Farias às 8:32 PM
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