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[terça-feira, outubro 5]

Letra de "O salto"
Banda: O Rappa

O SALTO

As ondas de vaidade
Inundaram os vilarejos
E minha casa se foi
Como fome em banquete,
Então sentei sobre as ruínas
E as dores como os ferros à brasa e a pele
Ardiam como o fogo dos novos tempos.

E regaram as flores
Do deserto.
E regaram as flores
Com chuva de insetos.
E regaram as flores
Do deserto.
E regaram as flores
Com chuva de insetos.

Mas se você ver em seu filho
Uma face sua e retinas
De sorte e um punhal
Reinar como o brilho do sol
O que farias tu?
Se espatifaria
Ou viveria
O espírito santo?
Se espatifaria
Ou viveria
O espírito santo?

Aos jornais,
Eu deixo meu sangue como capital,
E, às famílias,
Um sinal, um sinal...

À corte, eu deixo um sinal...

E regaram as flores
Do deserto.
E regaram as flores
Com chuva de insetos.
E regaram as flores
Do deserto.
E regaram as flores
Com chuva de insetos...

(O Rappa)




O clipe dessa música é muito bom.
Começa com um discurso do Collor e o protagonista assistindo àquilo e dando mamadeira pra sua filha. O cara procura, procura, procura incessantemente um emprego e não consegue. Lê uma plaquinha escrito "O fraco não alcançará sua meta". Enche a cara, briga com os vizinhos, é despejado do lugar onde mora com a mulher e a filha, vira mendigo e, desesperado, sobe um prédio e dá o salto com a filha no colo.
A letra não gosto tanto assim, mas com o clipe faz todo o sentido, pena que pouca gente percebe isso.
"E se você ver em seu filho uma face sua e retinas de sorte", porque infelizmente muitos filhos estão condenados ao mesmo destino dos pais. "E um punhal reinar como o brilho do sol, o que farias tu?", ver um punhal brilhando na hora do desespero é um desafio, saltar e se espatifar ou viver o "espírito santo"?
No clipe, o cara deu o salto e deixou o sangue aos jornais como se fosse um capital, às famílias um sinal e à corte (a qual talvez eu faça parte futuramente) um sinal também.

Sobre a letra, que não curto muito a não ser pelo clipe, sem querer ser chata, tem um aspecto interessante da nossa língua: essa coisa de misturar o "tu" com o "você". "O que farias tu?", só pra dar ritmo na música, porque depois vem uma série de verbos conjugados com "você". Mas isso é um detalhe estúpido.

E sobre "as ondas de vaidade" que inundam as casas, tenho mais uma coisa a dizer sobre o péssimo governo da prefeitura de Mesquita: em uma das praças (a principal) havia uma série de brinquedinhos pras crianças, aqueles escorregos, casinha, aqueles brinquedos tipo escolares. Adivinha: foram retirados. Mas se isso não se chama prepotência, eu perdi o sentido das coisas.
A praça desse lado de cá de onde moro está tão suja, mas tão suja que eu queria tirar uma foto pra mostrar a vergonha. E até agora não limparam e temo que não limpem, por quê? Porque perderam as eleições.
Até janeiro muita merda vai acontecer nessa cidade entregue a políticos que administram o município como se fosse o quintal deles. Aliás, nem isso, não deixariam o quintal tão decadente.
Sem contar que tive um misto de gargalhada interna com nojo ao ler uma faixa escrita "Agracemos à prefeitura municipal pela iluminação e pela grama sintética na praça". Agradecer o que? É um favor deles iluminar a praça? Os brinquedos na praça pras crianças foram comprados com o dinheiro do bolso deles ou o nosso?
Tô rindo muito que perderam essa eleição e perderam tarde. Só espero que isso aqui não piore pelo jogo desleal deles.
E como diz quando termina o clipe: "A memória é uma ilha de edição". Por isso estou registrando materialmente certas coisas, pra eu relembrar quando minha memória for editada e apagada.

traduzido por Charlene Farias às 10:40 PM  
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