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[domingo, novembro 7]

Tradução de "Drops of Jupiter"
Letra de "Drops of Jupiter" / "Drops of Jupiter" Lyrics
Banda: Train

GOTAS DE JUPITER
(drops of jupiter)


Agora que ela está de volta à atmosfera
Com gotas de Júpiter nos seus olhos,
Ela age como o verão e anda como a chuva,
Me lembra que há tempo pra mudar.

Desde o retorno da estadia dela na lua,
Ela ouve como a primavera e anda como junho.

Me conte, você navegou em volta do sol?
Você pegou o caminho da Via Láctea?
Pra ver as luzes todas sumindo
E que o céu é superstimado.

Me diga, você se apaixonou por uma estrela cadente?
Uma sem uma cicatriz permamente?
E você sentiu minha falta enquanto
Esteve procurando por si mesma lá fora?

Agora que ela está de volta daquelas férias da alma,
Traçando seu caminho pela constelação,
Ela presta atenção em Mozart enquanto faz tae-bo,
Me lembra que sempre há tempo pra amadurecer.

Agora que ela está de volta à atmosfera,
Tenho medo que ela possa me achar um Plain ol'Jane.
Contou a história de um homem
Que tive tanto medo de voar que então nunca aterrisou.

Me conte, o vento varreu seus pés?
Você finalmente teve a chance
De dançar por toda a luz do dia
E voltar pra Via Láctea?

E me conte, Vênus golpeou sua cabeça?
Era isso tudo o que você queria encontrar?
E você sentiu minha falta enquanto
Estave procurando por si mesma lá fora?

Você consegue imaginar?
Sem amor, orgulho, galinha frita mergulhada no óleo,
Seu melhor amigo sempre se mantendo leal a você,
Mesmo quando você está errada.
Você consegue imaginar?
Sem primeira dança, romance seco e frio,
Cinco horas de conversa no telefone,
A melhor soja que você já teve em sua vida... e eu...

Mas me conte, o vento varreu seus pés?
Você finalmente teve a chance
De dançar por toda a luz do dia
E voltar pra Via Láctea?

Me conte, você navegou em volta do sol?
Você pegou o caminho da Via Láctea?
Pra ver as luzes todas sumindo
E que o céu é superstimado.

Me diga, você se apaixonou por uma estrela cadente?
Uma sem uma cicatriz permamente?
E você sentiu minha falta enquanto
Esteve procurando por si mesma?

E você finalmente teve a chance
De dançar por toda a luz do dia?

E você se apaixonou por uma estrela cadente?
Se apaixonou por uma estrela cadente?

E você esteve sozinha procurando por si mesma lá fora?

(Train)



DROPS OF JUPITER

Now that she's back in the atmosphere
With drops of Jupiter in her hair,
She acts like summer and walks like rain,
Reminds me that there's time to change.

Since the return from her stay on the moon
She listens like spring and she talks like June.

Tell me, did you sail across the sun?
Did you make it to the Milky Way?
To see the lights all faded
And that heaven is overrated?

Tell me, did you fall for a shooting star?
One without a permanent scar?
And did you miss me while
You were looking at yourself out there?

Now that she's back from that soul vacation
Tracing her way through the constellation,
She checks out Mozart while she does tae-bo,
Reminds me that there's a room to grow.

Now that she's back in the atmosphere,
I'm afraid that she might think of me as plain ol' Jane.
Told a story about a man
Who is too afraid to fly so he never did land.

Tell me, did the wind sweep you off your feet?
Did you finally get the chance?
To dance along the light of day
And head back to the Milky Way?

And tell me, did Venus blow your mind?
Was it everything you wanted to find?
And did you miss me while
You were looking for yourself out there?

Can you imagine?
No love, pride, deep-fried chicken,
Your best friend always sticking up for you,
Even when I know you're wrong?
Can you imagine no first dance, freeze dried romance,
Five-hour phone conversation,
The best soy latte that you ever had... and me...?

But tell me did the wind sweep you off your feet,
Did you finally get the chance
To dance along the light of day
And head back toward the Milky Way?

Tell me, did you sail across the sun?
Did you make it to the Milky Way?
To see the lights all faded
And that heaven is overrated.

And did you finally get the chance
To dance along the light of day?

And did you fall for a shooting star?
Fall for a shooting star?

And were you lonely looking for yourself out there?

(Train)




O dia que eu parei com o blog, parei com intenção definitiva. Mas meu erro foi não ter explicado claramente. Que novidade... alguém entende tudo que falo? Tenho sérias dúvidas.
Porque eu não gosto de showzinho, novela mexicana e purpurina (glitter, pras bees), pra um monte de coisas. Se eu terminasse o blog, ia ser duma maneira seca. Como uma morte acidental. Do nada. Foi o que fiz.
E comecei a receber emails, mesmo depois enterrar o defunto quase como um indigente. Muitos emails lindos. Pedidos de tradução, elogios. E me sentia tão mal educada, tão cafajeste por não postar as traduções aqui. Pois essas pessoas talvez esperassem uma resposta. Aí voltei aqui pra postar alguns desses pedidos que me lembro. Alguns, pois não sei se tinham mais: tive que formatar o PC contra minha vontade e perdi os emails, perdi até o nome das pessoas que pediram. Lembro de um apenas.
Esse que lembro é o Carlos, que me escreveu um email muito lindo, logo depois que parei com o blog. Disse que ele também tem essa coisa de ligar música a seus próprios sentimentos, mas o que ele escreve, ele guarda pra si, pois achava meio loucura. Mas conheceu meu blog e disse nunca imaginar que outra pessoa sentia coisas semelhantes. Adorei esse email dele.

Sinceramente, acho isso tudo aqui meio loucura também.
Inicialmente, criei o "Me revelar" no momento que eu tocava a felicidade pela primeira vez na vida. Era um blog pra contar tudo mesmo do meu dia-a-dia. Eu me sentia bem livre ali, e como eu sempre tinha meus pitís musicais, criei um site pra colocar as letras dos trechos de músicas que eu postava (um dos meus sonhos era ter um site de tradução). Só que eu já havia me acostumado com o formato de blog, e fazer cada página HTML é um verdadeiro cu.
Inventei o "Lhe Ocultar". Blog esse com título errado (o certo é "Ocultá-lo" ou "Ocultá-la") propositalmente, de certa forma. Se dum lado eu me revelava e me esconfia, nesse novo blog eu ocultava tudo e me deixava tão clara.
Só que muita coisa aconteceu nesses tempos e as felicidades deram lugar a uma escuridão que quase me consumiu. Quando me recuperei da crise depressiva que quase levou minha vida, parei com os antigos blogs, principalmente o de traduções, pois ele era pra uma pessoa, em especial. Criei o "From Beneath... it Devours" (que nem adianta visitar, só postei o link por mera ilustração), inspirado no seriado Buffy, pois minha vida andava daquele jeito. Eu havia me recuperado da escuridão, mas ela sempre se manteve por perto, de algum lugar eu temia que ela voltasse pra me devorar. Nesse momento eu já era diferente daquela que fez os primeiros blogs. Muita coisa se perdeu. Acabar com um blog era desfazer sonhos. Mas então fiquei com esse blog durante um ano, acho. Ele foi testemunha da época mais feliz da minha vida. E eu o apaguei no exato momento que eu percebi que aquele momento havia terminado.
Foi durante essa melhor época também que criei este blog aqui. Porque naquele momento eu não tinha mais por que repudiar meu outro blog de traduções, ao mesmo tempo que era uma homenagem a uma pessoa. Só que os meses foram passando e eu felizmente foi desvinculando a existência desse espaço aqui da existência de qualquer pessoa além de mim.

Há semanas atrás, quando resolvi terminar com esse blog, não foi por pessoa nenhuma além de mim. A minha falta de descrença me fez isso, não me importa quem eu vou perder (mesmo, pode imaginar a pessoa que for, até minha mãe), que eu já quase não ligo muito. Em pouco tempo e por tão pouca coisa sofri horrendamente e não consigo mais me apegar, porque dentro dessa minha vidinha ridícula, eu já fui ao chão mil vezes por nada. Agora quase nada me faria voltar àquele estado de depressão. Digo quase nada, porque o que me leva a ele é o que penso de mim mesma. O que eu exijo de mim. O que quero pra mim. Meu maior problema: o que penso de mim.

Por causa do que penso de mim mesma, resolvi parar com este blog. Não porque a minha vida anda ruim, ela está tão tranqüila que me assusto até. Mas um dos meus sonhos é largar essa perda de tempo que se tornou a Internet em minha vida, dessa maneira desregrada que eu tava utilizando.
Nesse momento estou postando por uma exceção, porque me pediram traduções e acho uma sacanagem eu não postá-las, já que perdi o email desse pessoal.
E esse post é imenso pra tentar explicar tudo isso. Que eu não largarei o blog porque algo aconteceu e detonou minha vida, eu o largarei porque detono minha vida aqui. Contei sobre os outros blogs pra dizer como um hobby se transformou em uma necessidade, em um vício. Muitos dias eu penso em forma de post. Ouço músicas pensando em como as encaixarei num post. Leio coisas, sei de fatos e penso como os traria pra cá em forma de post. Isso é não ter vida. Em vez de me abrir pra amigos, em vez de me acabar numa terapia, venho descarregar milhares de palavras pra desconhecidos lerem. E isso me ajuda? Continuo levando na cabeça e no coração todos os mesmos antigos problemas que talvez jamais deixem de ser carregados aqui dentro.

Essa música foi o Carlos que pediu pra eu postar e digo que já pensei algumas vezes em postá-la, há meses atrás, quando me recuperei de um mal sentimental que podia me matar.
Posto hoje por ele. E por mim também.
Agora que minha vida está razoavelmente tranqüila, sinto que voltei de uma viagem da alma. Embora eu não acredite em alma, só metaforicamente. E eu conto, naveguei em volta de várias coisas nessa viagem, inclusive do sol, mas todas as lindas coisas do céu pertencem a ele, lá em cima, não dá pra se trazer partes de nada de lá além das lembranças. E no último mês eu vi a LUZ sumindo. Toda a luz que ainda havia pra me dar esperança foi embora, de verdade.
Mas preciso disso pra viver? Não. Vivo quase sem esperança, vivo já quase sem objetivo. Vivo por viver. Arrasto porque assim tem que, infelizmente, ser. Não há perspectivas, mas precisa? Mesmo? Vou levando.

A minha vida virou um real exemplo de se ir forçando tudo. Na boa, é necessário muita força pra levar adiante um corpo sem conteúdo. Mas quer saber? Tirando tudo isso, eu tô bem pra caralho. Não é uma contradição? Não, sou eu dizendo pra mim mesma que não desisto.
E, respondendo outra pergunta da música, sim, eu me senti muito sozinha durante essa viagem da alma. Mas agora que voltei pra Terra, não tem ninguém pra me perguntar se eu senti sua falta, só eu mesma.

Tive a oportunidade de dançar por toda a luz do dia. E dancei como nunca.

traduzido por Charlene Farias às 7:54 PM  
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