Tradução de "A long December"
Letra de "A long December" / "A long December" Lyrics
Banda: Counting Crows
UM LONGO DEZEMBRO
(a long december)
Um longo dezembro e há uma razão pra crer
Que talvez esse ano seja melhor que o último.
Não consigo lembrar da última coisa que você disse quando estava indo embora.
Agora os dias passam tão rápido...
E é um dia a mais na vala profunda.
E é uma noite a mais em Hollywood.
Se você acha que posso ser perdoado...
Eu gostaria que você perdoasse.
O cheiro dos hospitais no inverno
E o sentimento de que é tudo um monte de ostras, mas sem nenhuma pérola.
Imediatamente você olha pro meio de uma sala cheia
Pra ver a maneira como a luz se une a uma garota.
E é um dia a mais na vala profunda.
E é uma noite a mais em Hollywood.
Se você acha que pode vir à Califórnia...
Eu acho que você deveria vir.
Fui até Hillside Manor algumas vezes depois das 2 da manhã
E conversei um pouco sobre o ano,
Acho que o inverno faz você sorrir um pouco mais lentamente,
Faz você falar um pouco mais baixo sobre as coisas que nunca pôde mostrar a ela.
E tem sido um longo dezembro e há uma razão pra crer
Que talvez esse ano seja melhor que o último.
Não consigo lembrar de todas as vezes que tentei dizer a mim mesmo
Pra me segurar nesses momentos, enquanto passam.
E é um dia a mais na vala profunda.
E é uma noite a mais em Hollywood.
Tem levado tanto tempo desde que vi o oceano...
Eu acho que eu deveria vê-lo.
(Counting Crows)
A LONG DECEMBER
A long December and there's reason to believe
Maybe this year will be better than the last.
I can't remember the last thing that you said as you were leavin'.
Now the days go by so fast...
And it's one more day up in the canyon.
And it's one more night in Hollywood.
If you think that I could be forgiven...
I wish you would.
The smell of hospitals in winter
And the feeling that it's all a lot of oysters, but no pearls.
All at once you look across a crowded room
To see the way that light attaches to a girl
And it's one more day up in the canyon.
And it's one more night in Hollywood.
If you think you might come to California...
I think you should.
Drove up to Hillside Manor sometime after two a.m.
And talked a little while about the year.
I guess the winter makes you laugh a little slower,
Makes you talk a little lower about the things you could not show her.
And it's been a long December and there's reason to believe
Maybe this year will be better than the last
I can't remember all the times I tried to tell myself
To hold on to these moments as they pass
And it's one more day up in the canyon.
And it's one more night in Hollywood.
It's been so long since I've seen the ocean...
I guess I should.
(Counting Crows)
E chegou o último mês desse ano. Este ano instável.
Não sou de mentir pra mim mesma descaradamente, assim como só escrevo aquilo que verdadeiramente sinto. Mesmo que seja uma verdade que se encerra em 2 minutos. Não sou de esconder sentimento, dizer o contrário do que sinto pra impactar ou magoar, ou por orgulho, ou qualquer outra deslealdade barata e desmotivada. Tento escrever aqui, como já disse, o que sinto no momento, na real.
Dentre as coisas que eu disse durante esses meses, muito foi prum lado, muito foi pro outro. Uma instabilidade que faz com que eu até mesmo perca a confiabilidade. Sentimentos cíclicos, pensamentos circulares, verdades mutáveis, dúvidas filhas de certezas. Mas esse não é o post pra falar do ano, e sim do mês de dezembro. Passado, presente ou futuro.
Por eu só escrever minha verdade aqui, não vou mentir: há 12 meses atrás eu era feliz. E por que motivo? Havia amor em minha vida.
Que bobinho, que adolescência escrever isso! Mas sou boba, adolescente e - pior ainda! - romântica. Então, há pouco mais de 1 ano atrás eu estava na melhor época dos 21 anos que eu tinha. Eu vivia um grande amor. Vivia porque eu amava (raro!) e, supostamente, era amada. Não cabe aqui entrar na questão de se era verdadeiro ou não, se era mentira inconsciente da outra parte ou não. Importa apenas e egoisticamente o meu subjetivo.
Naqueles meses eu tinha menos maturidade ainda, eu não tinha muita perspectiva de vida (não sabia se faria faculdade, muito menos sabia se eu teria uma profissão), eu não tinha a segurança que tenho hoje de algumas coisas, eu não tinha nada além de um amor e uma vontade de fazer meu possível por ele.
Uma vez ouvi alguém dizer que podemos ter quase tudo, mas se faltar um amor, não temos nada. Enquanto que se não tivermos praticamente nada, tendo amor, temos tudo. Assim eu estava. Nua de futuro, esperanças e possibilidades concretas. Vestida por um sentimento que fazia que todas essas ausências não tivessem peso nenhum sobre meus dias.
Sinto saudade daquela pessoa. Da Charlene. Aquela Charlene que eu era. Também sinto saudade daquela pessoa que estava com aquela Charlene. Ambas não existem mais. Só deixaram saudades mesmo dum tempo que não volta mais por ter sido único. O que não significa que momentos iguais ou melhores possam haver.
Aquela Charlene pode ressuscitar, eu sei. É só aparecer um grande amor pra ela. Mas escrevo esse post não pra lamentar o presente ou a falta de sorte, é apenas pra relatar a nostalgia que sinto ao começar esses meses e lembrar que há 12 anteriores a eles havia algo iluminando e dando sentido ao meu viver. Não este viver vazio, embora até feliz às vezes, que eu ando arrastando.
A felicidade de hoje até existe, ela é real sim, não é uma mentira que escrevo no blog pra disfarçar solidões ou algo do gênero. Mas é efêmera. Passa tão rápido quanto as tristezas também têm passado. É quase que desmotivada também, fico feliz por não estar triste como já estive nos anos de depressão profunda - só por isso, por nenhum outro motivo. São dias mais calmos, amenos, não extremos. Antes eu era só triste. Um tempo fui só feliz. Agora sou algo sem muita definição, porque não sou nem um nem outro, na verdade. Tá, eu sei que essa felicidade, em parte, é paz por eu ter me recuperado bem da perda daquele grande amor.
Mas tem dias que sinto uma nostalgia. Não é uma recaída, muito pelo contrário, é algo que fortalece. Não é mais saudade de ninguém, mas de uma época. É semelhante àquela saudade que se sente de alguém querido que morreu. Que se sabe que está morto e se lembra mais das coisas boas, contornando ou perdoando as ruins.
Um longo dezembro. Eu sei que vai ser longo. Não só este mês, como os próximos meses nos quais terei férias da faculdade e todo o tempo do mundo pra enlouquecer no buraco solitário que cavei pra mim (com ajuda de algumas pessoas, diga-se). Meus dias passam com maior equilíbrio e "felicidade" por causa da faculdade. Portanto, nas férias, só resta uma certeza: FUDEU.
Sobre a música, gosto do jeito que esse cara canta. Nas músicas deprês ele parece que está chorando, é super melancólico. Nas alegres, ele mostra uma alegria fofa (tipo "Accidentally in love"). A letra eu achei mais ou menos, postei por causa de alguns versos fodinhas.
Tem horas que ele parece estar cantando diretamente pra uma mulher ("Não consigo lembrar da última coisa que você disse quando estava indo embora"). tem horas que ele parece estar falando genericamente, de todo mundo ("Imediatamente você olha pro meio de uma sala cheia...", "Acho que o inverno faz você sorrir um pouco mais lentamente"), tipo dizendo que o inverno faz todos nós sorrirmos mais lentamente e falarmos mais baixo das coisas que queríamos mostrar.
Muita coisa na música não faz sentido no momento, já até fizeram. Porque sim, consigo lembrar das coisas que foram ditas por último. Coisas de uma estupidez sem tamanho, uma agressão desnecessária, injusta e desmedida. E outras coisas que no momento não me interessam dizer.
Também tem umas metáforas bobinhas que só eu entendo. Santas ironias.
Então, tirando quase tudo, o clima e alguns versos dessa música retratam este dia de hoje, este mês que praticamente nem começou.
"Um longo dezembro e há uma razão pra crer
Que talvez esse ano seja melhor que o último..."
É...
Letra de "A long December" / "A long December" Lyrics
Banda: Counting Crows
UM LONGO DEZEMBRO
(a long december)
Um longo dezembro e há uma razão pra crer
Que talvez esse ano seja melhor que o último.
Não consigo lembrar da última coisa que você disse quando estava indo embora.
Agora os dias passam tão rápido...
E é um dia a mais na vala profunda.
E é uma noite a mais em Hollywood.
Se você acha que posso ser perdoado...
Eu gostaria que você perdoasse.
O cheiro dos hospitais no inverno
E o sentimento de que é tudo um monte de ostras, mas sem nenhuma pérola.
Imediatamente você olha pro meio de uma sala cheia
Pra ver a maneira como a luz se une a uma garota.
E é um dia a mais na vala profunda.
E é uma noite a mais em Hollywood.
Se você acha que pode vir à Califórnia...
Eu acho que você deveria vir.
Fui até Hillside Manor algumas vezes depois das 2 da manhã
E conversei um pouco sobre o ano,
Acho que o inverno faz você sorrir um pouco mais lentamente,
Faz você falar um pouco mais baixo sobre as coisas que nunca pôde mostrar a ela.
E tem sido um longo dezembro e há uma razão pra crer
Que talvez esse ano seja melhor que o último.
Não consigo lembrar de todas as vezes que tentei dizer a mim mesmo
Pra me segurar nesses momentos, enquanto passam.
E é um dia a mais na vala profunda.
E é uma noite a mais em Hollywood.
Tem levado tanto tempo desde que vi o oceano...
Eu acho que eu deveria vê-lo.
(Counting Crows)
A LONG DECEMBER
A long December and there's reason to believe
Maybe this year will be better than the last.
I can't remember the last thing that you said as you were leavin'.
Now the days go by so fast...
And it's one more day up in the canyon.
And it's one more night in Hollywood.
If you think that I could be forgiven...
I wish you would.
The smell of hospitals in winter
And the feeling that it's all a lot of oysters, but no pearls.
All at once you look across a crowded room
To see the way that light attaches to a girl
And it's one more day up in the canyon.
And it's one more night in Hollywood.
If you think you might come to California...
I think you should.
Drove up to Hillside Manor sometime after two a.m.
And talked a little while about the year.
I guess the winter makes you laugh a little slower,
Makes you talk a little lower about the things you could not show her.
And it's been a long December and there's reason to believe
Maybe this year will be better than the last
I can't remember all the times I tried to tell myself
To hold on to these moments as they pass
And it's one more day up in the canyon.
And it's one more night in Hollywood.
It's been so long since I've seen the ocean...
I guess I should.
(Counting Crows)
E chegou o último mês desse ano. Este ano instável.
Não sou de mentir pra mim mesma descaradamente, assim como só escrevo aquilo que verdadeiramente sinto. Mesmo que seja uma verdade que se encerra em 2 minutos. Não sou de esconder sentimento, dizer o contrário do que sinto pra impactar ou magoar, ou por orgulho, ou qualquer outra deslealdade barata e desmotivada. Tento escrever aqui, como já disse, o que sinto no momento, na real.
Dentre as coisas que eu disse durante esses meses, muito foi prum lado, muito foi pro outro. Uma instabilidade que faz com que eu até mesmo perca a confiabilidade. Sentimentos cíclicos, pensamentos circulares, verdades mutáveis, dúvidas filhas de certezas. Mas esse não é o post pra falar do ano, e sim do mês de dezembro. Passado, presente ou futuro.
Por eu só escrever minha verdade aqui, não vou mentir: há 12 meses atrás eu era feliz. E por que motivo? Havia amor em minha vida.
Que bobinho, que adolescência escrever isso! Mas sou boba, adolescente e - pior ainda! - romântica. Então, há pouco mais de 1 ano atrás eu estava na melhor época dos 21 anos que eu tinha. Eu vivia um grande amor. Vivia porque eu amava (raro!) e, supostamente, era amada. Não cabe aqui entrar na questão de se era verdadeiro ou não, se era mentira inconsciente da outra parte ou não. Importa apenas e egoisticamente o meu subjetivo.
Naqueles meses eu tinha menos maturidade ainda, eu não tinha muita perspectiva de vida (não sabia se faria faculdade, muito menos sabia se eu teria uma profissão), eu não tinha a segurança que tenho hoje de algumas coisas, eu não tinha nada além de um amor e uma vontade de fazer meu possível por ele.
Uma vez ouvi alguém dizer que podemos ter quase tudo, mas se faltar um amor, não temos nada. Enquanto que se não tivermos praticamente nada, tendo amor, temos tudo. Assim eu estava. Nua de futuro, esperanças e possibilidades concretas. Vestida por um sentimento que fazia que todas essas ausências não tivessem peso nenhum sobre meus dias.
Sinto saudade daquela pessoa. Da Charlene. Aquela Charlene que eu era. Também sinto saudade daquela pessoa que estava com aquela Charlene. Ambas não existem mais. Só deixaram saudades mesmo dum tempo que não volta mais por ter sido único. O que não significa que momentos iguais ou melhores possam haver.
Aquela Charlene pode ressuscitar, eu sei. É só aparecer um grande amor pra ela. Mas escrevo esse post não pra lamentar o presente ou a falta de sorte, é apenas pra relatar a nostalgia que sinto ao começar esses meses e lembrar que há 12 anteriores a eles havia algo iluminando e dando sentido ao meu viver. Não este viver vazio, embora até feliz às vezes, que eu ando arrastando.
A felicidade de hoje até existe, ela é real sim, não é uma mentira que escrevo no blog pra disfarçar solidões ou algo do gênero. Mas é efêmera. Passa tão rápido quanto as tristezas também têm passado. É quase que desmotivada também, fico feliz por não estar triste como já estive nos anos de depressão profunda - só por isso, por nenhum outro motivo. São dias mais calmos, amenos, não extremos. Antes eu era só triste. Um tempo fui só feliz. Agora sou algo sem muita definição, porque não sou nem um nem outro, na verdade. Tá, eu sei que essa felicidade, em parte, é paz por eu ter me recuperado bem da perda daquele grande amor.
Mas tem dias que sinto uma nostalgia. Não é uma recaída, muito pelo contrário, é algo que fortalece. Não é mais saudade de ninguém, mas de uma época. É semelhante àquela saudade que se sente de alguém querido que morreu. Que se sabe que está morto e se lembra mais das coisas boas, contornando ou perdoando as ruins.
Um longo dezembro. Eu sei que vai ser longo. Não só este mês, como os próximos meses nos quais terei férias da faculdade e todo o tempo do mundo pra enlouquecer no buraco solitário que cavei pra mim (com ajuda de algumas pessoas, diga-se). Meus dias passam com maior equilíbrio e "felicidade" por causa da faculdade. Portanto, nas férias, só resta uma certeza: FUDEU.
Sobre a música, gosto do jeito que esse cara canta. Nas músicas deprês ele parece que está chorando, é super melancólico. Nas alegres, ele mostra uma alegria fofa (tipo "Accidentally in love"). A letra eu achei mais ou menos, postei por causa de alguns versos fodinhas.
Tem horas que ele parece estar cantando diretamente pra uma mulher ("Não consigo lembrar da última coisa que você disse quando estava indo embora"). tem horas que ele parece estar falando genericamente, de todo mundo ("Imediatamente você olha pro meio de uma sala cheia...", "Acho que o inverno faz você sorrir um pouco mais lentamente"), tipo dizendo que o inverno faz todos nós sorrirmos mais lentamente e falarmos mais baixo das coisas que queríamos mostrar.
Muita coisa na música não faz sentido no momento, já até fizeram. Porque sim, consigo lembrar das coisas que foram ditas por último. Coisas de uma estupidez sem tamanho, uma agressão desnecessária, injusta e desmedida. E outras coisas que no momento não me interessam dizer.
Também tem umas metáforas bobinhas que só eu entendo. Santas ironias.
Então, tirando quase tudo, o clima e alguns versos dessa música retratam este dia de hoje, este mês que praticamente nem começou.
Que talvez esse ano seja melhor que o último..."
É...
traduzido por Charlene Farias às 9:04 PM
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